Jacqueline Mercado e Rui Meira trazem-nos "Espírito Nativo - America en el Bolsillo", um concerto de música tradicional da América Latina.
"Espírito Nativo" nasce em 2007, em Lisboa, pela mão de Jacqueline Mercado e Rui Meira, com o objectivo de interpretar e divulgar o repertório latino-americano de raiz tradicional. Pouco tempo depois, a banda passou a cunhar uma sonoridade própria, em resultado do conhecimento directo das realidades portuguesa e latino-americana.
Formação:
Jacqueline Mercado (México) – voz, guitarra, bombo legüero, stompbox;
Rui Meira (Portugal) – voz, guitarra, charango, loops.
Duração: 1h
Programa EARTHfest'2017:
Dia: domingo, 21 de Maio
Horário: 19h00 às 20h00
Local: Espaço Exterior do CIM (ponto de encontro na receção do CIM)
Zona de Programação: EARTHfest em Foco
Parceiro: Espírito Nativo (http://www.espiritonativo.com)
+ Informação:
Espírito Nativo - a música de um mundo "menos doloroso"
Sobre Terra Mestiça (2015), o primeiro trabalho discográfico dos "Espírito Nativo", a cantora e compositora colombiana Marta Gómez, nomeada em 2005 para os Prémios Billboard de Música Latina e vencedora de um Grammy latino, escreveu:
"Fecho os olhos e abro o peito e os ouvidos, para que entre por completo o som do vento, da voz, das cordas, das sementes. De um golpe, entra a canção, as palavras, essas palavras que ouvi tantas vezes através de tantas outras vozes, e que hoje pairam à minha frente, intactas e novas, como se fossem recém-criadas. De facto, assim é: canções tradicionais como La Llorona ou Drume Negrita voltam a ser inventadas, uma e outra vez, pelos músicos que formam o grupo Espírito Nativo. Assim, com arranjos que abraçam a alma, as canções de sempre ou as novas – que timidamente esperam converter-se em tradição, um dia –, escuto Terra Mestiça, o mais recente trabalho dos Espírito Nativo, e deixo-me levar, ainda que só por um instante, para um mundo mais amável e menos doloroso".
Sobre os intérpretes:
Jacqueline Mercado:
Natural da Cidade do México. Licenciada em Direito e especialista em Direitos de Artistas Intérpretes. Manifesta desde muito jovem um grande interesse pelas actividades artísticas e etnomusicais, começando desde cedo a aprender guitarra e alguns instrumentos de música tradicional mexicana. Na década de noventa, integrou vários grupos corais destacando-se como solista, e grupos de música tradicional mexicana. Ingressou no ano de 2002, na licenciatura em Educação Musical na Escola Nacional de Música do México.
Durante a frequência do Curso de Direito frequentou as aulas de português no Centro de Lenguas Extranjeras na Universidad Nacional Autónoma de México, onde elaborou um projecto de investigação sobre o Fado, pelo qual foi premiada com uma bolsa de estudo pelo Instituto Camões.
Durante a sua tese de Direito elaborou um projecto de investigação sobre a análise da regulamentação dos Direitos de Artistas e Intérpretes em Portugal e no México, o que lhe valeu uma bolsa de estudos por parte da “Cátedra de Estudos Portugueses” na Universidade Carlos III de Madrid, para frequentar “ Curso em Propriedade Intelectual 6ª Ed., em Madrid.
Desenvolve actividades desde 2006 produtora cultural, impulsionando actividades culturais e intercâmbios artísticos entre o México e Portugal. Tem levado a público diferentes performances de âmbito multidisciplinar (teatro, música e dança) com o colectivo “La Catrina”, por ela criado em 2009.
É fundadora e integrante do grupo de Espírito Nativo, onde apresenta um repertório que se enquadra na linha da música popular e tradicional da América Latina, patente no seu recente trabalho discográfico “ Terra Mestiça”.
Rui Meira:
Natural de Lisboa, iniciou os seus estudos musicais no âmbito familiar e posteriormente na Academia de Amadores de Música. Estudou guitarra clássica no Conservatório Nacional de Lisboa, com o professor Manuel Morais. Multi-instrumentista (guitarra, flauta, clarinete) dedicou-se desde muito jovem a conhecer a música da América Latina através do contacto com inúmeros músicos latinos, com os quais partilhou diversos projectos ao longo dos anos. Teve assim oportunidade de explorar diversos instrumentos de cordas originários daquela região, entre os quais o charango (planalto andino) e o cuatro venezuelano, com os quais ganhou maior afinidade.
Trabalhou com vários músicos em diferentes projectos e espectáculos de música tradicional europeia e latino-americana, dos quais se destacam: “Argentiníssimo”, uma retrospectiva do tango com Julián del Valle e Guillermo Ruiz; projecto “Les Chansons de Jeanne”, música francesa com Francis Seleck; Bailia, com o flautista Paulo Pereira, o primeiro grupo danças tradicionais europeias em Portugal; Quetzal, com o cantor nicaraguense Benjamín Jarquín; dueto com o guitarrista chileno Patrício Sanhueza Barria. Participou ainda em espectáculos com o cantautor argentino Cesar Isella, em Lisboa. No âmbito do trabalho com as diversas formações realizou concertos em Portugal, Espanha, França e Chile.
Participou em vários trabalhos discográficos entre os quais o “9º Festival Victor Jara” editado por Alerce-Chile e “Terra Mestiça” do grupo Espírito Nativo. Tem participado como músico em diversas obras de teatro com Elmer Mendoza, Carlos Clara Gomes, Maria do Céu Guerra, João D’Ávila, entre outros. Integrou diversos coros, entre os quais o Coro de Câmara da Universidade de Lisboa, dirigido por José Robert e o coro Ricercare, dirigido por Pedro Teixeira.
Actualmente é músico da banda de Waldemar Bastos e dos grupos Espírito Nativo e Crocodilo Criollo, com a cantora mexicana Jacqueline Mercado.
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